Dia Internacional das Vítimas de Desaparecimentos Forçados

 


📌Desaparecimento forçado é uma prática frequentemente usada como estratégia, causando e espalhando terror na sociedade. As mulheres são as vítimas mais propensas, portanto, vulneráveis à violência sexual.
✅Denúncias sobre maus-tratos, violência, ou abusos contra crianças e adolescentes, homens, mulheres e idosos, podem ser realizadas por qualquer cidadão, aos Direitos Humanos por meio do número de telefone 100. ☎
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Mianmar - oposição e evangelização

Como é a perseguição aos cristãos em Mianmar? 

Os cristãos que abandonam a fé dos antepassados para seguir a Jesus são perseguidos tanto pela família como por comunidades budistas, muçulmanas ou tribais. Os povoados que desejam permanecer 100% budistas não permitem que os cristãos usem os recursos hídricos da vizinhança. 

Os seguidores de Jesus que vivem em áreas rurais do país ou evangelizam enfrentam oposição. A situação dos cristãos ficou mais tensa após o golpe militar em 2021, pois há monges budistas radicais que apoiam o novo governo. Isso pode tornar o novo regime tão brutal para os cristãos como foram os anteriores. 

Em um vilarejo remoto, um pastor lidera uma pequena igreja. Não há soldados ou policiais na aldeia, então todas as noites acontecem reuniões de oração regulares. Porém, o chefe da aldeia foi convidado a recrutar 30 homens para o exército. Agora, os cristãos, incluindo o pastor, estão escondidos na floresta e o culto foi suspenso.” 

Lwin (pseudônimo)parceiro da Portas Abertas em Mianmar 


Quem persegue os cristãos em Mianmar 

O termo tipo de perseguição é usado para descrever diferentes situações que causam hostilidade contra cristãos. Os tipos de perseguição aos cristãos em Mianmar são: nacionalismo religioso, paranoia ditatorial, hostilidade etno-religiosa, corrupção e crime organizado. 

Já afontes de perseguição são os condutores/executores das hostilidades, violentas ou não violentas, contra os cristãos. Geralmente são grupos menores (radicais) dentro do grupo mais amplo de adeptos de uma determinada visão de mundo. As fontes de perseguição aos cristãos em Mianmar são: oficiais do governo, líderes religiosos não cristãos, grupos religiosos violentos, grupos de pressão ideológica, parentes, partidos políticos, cidadãos e quadrilhas, líderes de grupos étnicos, grupos paramilitares, redes criminosas. 

História de Mianmar

Em 1948, Mianmar tornou-se independente da Grã-Bretanha. De 1962 a 2011, o país foi governado por uma junta militar opressiva. Começou então um processo gradual de democratização, notadamente visível nas eleições ganhas pela vencedora do Prêmio Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi, em novembro de 2015. No entanto, enquanto o exército continuar a ser um fator político tão forte e tão profundamente envolvido no comércio legal e ilegal, que afeta principalmente áreas de maioria cristã, não pode ser esperada nenhuma mudança importante. O exército não apenas tem uma posição constitucional poderosa e permanece um forte fator político, mas também é muito envolvido em comércio ilícito e ilegal, o que afeta principalmente as áreas cristãs, como em Kachin. 

Aung San Suu Kyi iniciou uma série de conferências de paz, as chamadas “Conferências de Panglong”, a mais recente em julho de 2018; mas como não incluiu todos os grupos de minorias étnicas, a situação não mudou muito. Parece que as coisas só podem mudar se o exército extrair algum tipo de benefício em reduzir sua influência política. O processo de paz foi paralisado em 2019 e o conflito aumentou. O governo ordenou um apagão na internet para o Nordeste do estado de Arracão, causando preocupação nacional e internacional. O relator especial da ONU para Direitos Humanos em Mianmar, Yanghee Lee, alertou em junho de 2019 que tais medidas poderiam ter graves consequências para o acompanhamento humanitário e de direitos humanos. Um relatório publicado pela Anistia Internacional em maio de 2019, intitulado “Ninguém pode nos proteger” destacou alguns crimes de guerra cometidos contra minorias religiosas pelo exército do país. 

Mesmo assim, existem problemas suficientes para complicar qualquer solução pacífica: por exemplo, pessoas do exército e alguns insurgentes étnicos estão envolvidos no tráfico de drogas e na exploração de recursos, como jade e madeira. A construção da confiança continua a ser fundamental, mas será impossível desde que continuem as ofensivas do exército contra a minoria Kachin, em grande parte cristã, e a luta no estado de Karen persistir. 

Fonte: Portas Abertas

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